segunda-feira, 21 de abril de 2014

Quebra de promessas.

Sabe, muitas vezes me peguei pensando que o melhor a fazer era me afastar. De tudo. De todos. Clarear minha mente. Não machucar ninguém no processo.

Mas daí você apareceu. Nós aparecemos. Juntos, em tese.

Imagino se seu medo é receio de amar demais, se doar demais sem receber em troca. Porque, se for isso, eu também tenho! Não precisa ter vergonha de me contar, porque eu vou te entender. Só não prometo que lágrimas não me brotem nos olhos. Só não prometo que não tentarei te dar amor. Só não prometo não me apaixonar, como eu tolamente já prometi.


Não posso dizer que sou uma pessoa que mantém suas promessas.

Você me diz se isso é bom ou ruim. Mas, por favor, me diga.

 - Ana Beatriz V.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Enlaces

Abraços.

Gosto daqueles apertados, de chegada. Sim, de chegada, não sou muito fã dos de despedida, apesar de dá-los sem hesitação.

Adoro abraços em que os braços parecem ser uma moldura perfeita para um quadro delicado, que sabem exatamente onde repousar e onde apertar, como acomodar, como encaixar.

Não posso deixar de esquecer aqueles abraços seguidos de um gritinho de alegria – muitas vezes vindo da minha garganta – ao reconhecer um amigo que não esperava ver.

Gosto de abraços de consolo. Ultimamente gosto mais de dá-los do que de recebê-los.
Amo abraços que transformem tristeza em felicidade e conforto.


Mas os meus preferidos são os que nenhum dos dois se solte cedo, parecendo que querem permanecer ali, com os corações conectados, os sentimentos compartilhados dentro daquele espaço que se tornou, por um breve momento, só deles. Só dos dois.

 - Ana Beatriz V.



segunda-feira, 7 de abril de 2014

Entrega.

Entregue-se. Entregue-se ao meu abraço, aos meus encantos, ao meu canto. Entregue-se à minha dança, à minha essência, ao meu sorriso, aos meus olhares. Entregue-se ao meu calor, ao meu sabor, à minha textura.

Apenas se entregue.


Entregue-se sem medo. Entregue-se sem pudor. Mostre-me sua essência, pois a minha você já conhece. Eu já a expus à você. Eu já me entreguei a você.

 - Ana Beatriz V.


sábado, 5 de abril de 2014

Momento de coragem.

Medo.

É o que acaba regendo minha vida. Tenho medo de me doar demais, medo de amar demais, medo de machucar as pessoas ao meu redor.

Medo de falar mais do que as pessoas são capazes de ouvir, medo de ouvir o que não quero escutar. E de não ouvir o que quero também.

Medo do tempo que corre demais, e nos faz ter a urgência de deixar nossos medos de lado e viver. Só viver. Sem medo do que pode acontecer.


Sem medo de dizer que já gosto de você.

 - Ana Beatriz V.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mergulhando de cabeça.

“Pára, menina! Deixa de mergulhar de cabeça nos sentimentos, deixa de ser toda coração! Não vê que com isso você assusta as pessoas?
Deixe de ser assim, entregue, carinhosa e gentil. Isso faz com que as pessoas abusem do teu coração. Mesmo que não vejam, mesmo que não percebam. Isso é inconsciente. É impensado. E dói.

O mundo não é amável, e você responde com esse amor todo, se jogando de vez, abrindo os braços e submergindo sem medir consequências! Pensa, criança!

De que vale se jogar no colo do sentimentalismo, viver sem olhar o que te atinge, dar amor e mais amor sem receber?

Fecha teu coração à chave, mulher!

Não sinta! Não se exponha! Não console! Não escreva! Não entre nesse mar!”

E, com essa última frase, ignorei uma das de mim e afundei no oceano dos meus sentimentos, escorrendo-os pelas minhas mãos e transformando-os em escrita.

 - Ana Beatriz V.




quarta-feira, 2 de abril de 2014

Perder-se, encontrar-se.

Não compreendo por que me dizes que não enxergo bem.

Haveria eu de, supostamente, não ver o que é facilmente captável ou o que é oculto, e se esconde com infundada insegurança?

Ora, não é possível que não vejas, é improvável que não percebas o quão encantador és!
Poderia passar dias descrevendo-te, decifrando-te, buscando lampejos de mais e mais de você.

Não pretendo com isso assustar-te, peço-lhe que compreenda:
Não haveria como você não despertar em mim o desejo de conhecer-te!

Tenho interessante gosto pelo dito e o não-dito, especialmente quando se encaixam tão bem, como peças de um complexo, extenso, porém belíssimo quebra-cabeça.
E, a cada vez que olho em teus olhos e acho mais peças, tenho mais vontade de encaixá-las nas que já tenho.

Teus olhos...
Essa cor café – mistério, a energia q eles passam, o tom divertido de seus movimentos, o seu jeito todo especial de prender os meus.

Peço-lhe, quase lhe imploro que não os tire dos meus.
Não me prive da presença de algo que me faz tão bem.
Tenho tido inúmeros motivos para tentar ocultar os meus olhos dos olhos de outras pessoas, mas o seu, faiscante, cheio de vida, convida os meus a dançar.
Como poderia recusar a tão envolvente valsa?
Não eu, sendo bailarina de alma, de nascença.


E, no meio de todos esses passos, demoro-me, deliciando-me com a sensação de perder-me em você.

 - Ana Beatriz V.