quarta-feira, 2 de abril de 2014

Perder-se, encontrar-se.

Não compreendo por que me dizes que não enxergo bem.

Haveria eu de, supostamente, não ver o que é facilmente captável ou o que é oculto, e se esconde com infundada insegurança?

Ora, não é possível que não vejas, é improvável que não percebas o quão encantador és!
Poderia passar dias descrevendo-te, decifrando-te, buscando lampejos de mais e mais de você.

Não pretendo com isso assustar-te, peço-lhe que compreenda:
Não haveria como você não despertar em mim o desejo de conhecer-te!

Tenho interessante gosto pelo dito e o não-dito, especialmente quando se encaixam tão bem, como peças de um complexo, extenso, porém belíssimo quebra-cabeça.
E, a cada vez que olho em teus olhos e acho mais peças, tenho mais vontade de encaixá-las nas que já tenho.

Teus olhos...
Essa cor café – mistério, a energia q eles passam, o tom divertido de seus movimentos, o seu jeito todo especial de prender os meus.

Peço-lhe, quase lhe imploro que não os tire dos meus.
Não me prive da presença de algo que me faz tão bem.
Tenho tido inúmeros motivos para tentar ocultar os meus olhos dos olhos de outras pessoas, mas o seu, faiscante, cheio de vida, convida os meus a dançar.
Como poderia recusar a tão envolvente valsa?
Não eu, sendo bailarina de alma, de nascença.


E, no meio de todos esses passos, demoro-me, deliciando-me com a sensação de perder-me em você.

 - Ana Beatriz V.



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